quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Represas demais, diversidade de menos

A matéria do biólogo Alec Krüse Zenaid fala sobre a multiplicação das hidrelétricas e o risco que isso representa para nossos peixes. Clique aqui e confira.

Um comentário:

  1. É importante o serviço social e ambiental que a Revista Pesca Esportiva vem prestando com seus esclarecimentos, mais ainda com a abordagem temperada com equilíbrio.

    O artigo que vi online “Represas demais, diversidade de menos” (Por Alec Krüse Zeinad) focando a perda da diversidade é uma oportunidade que temos para refletir sobre o preço que queremos pagar pelo desenvolvimento. Entendamos que não falo aqui de sustentabilidade, falo simplesmente de valor a pagar pela energia limpa.

    Alec flui elegantemente no seu artigo, mas alerta para o que queremos pagar. Infelizmente no Brasil pagamos pelas coisas, mas nem sempre recebemos o que pagamos, como é o caso das hidrelétricas. Todo projeto obedece a uma série de requisitos dispostos na legislação e na regulamentação pertinente, especialmente nessa área de energia.

    Infelizmente para nós da Amazônia, a exemplo do que vivo aqui em Marabá, próximo da represa de Tucuruí, sentimos o que é pagar e não receber o que pagou: as eclusas. Passaram-se décadas até que agora, finalmente, a eclusa está sendo providenciada. Terrível para o meio ambiente, mais terrível para o futuro, pois costumo dizer que a natureza sempre dará um jeito de contornar o que fazemos com ela, mas a recíproca não é verdadeira.

    Elogio o artigo porque anuncia uma verdade crítica e determinante: se não queremos poluir para consumir energia precisamos pagar por alternativas. Vale lembrar que as alternativas sempre são caras e em matéria energética isso é quase uma regra. Lembremos que muitas preocupações havidas no passado sempre buscaram menores custos e provocaram grandes desastres, como vimos hoje no conflito criado com a nossa colonização, hoje debatida ali em Brasília na forma do Código Florestal Brasileiro.

    A conservação de recursos envolve não somente uma questão econômica, como o pagamento pela prestação de serviços ambientais, mas também em renúncia, como explica o autor alertando que “a preservação começa por pequenas atitudes, como substituir as lâmpadas comuns por fluorescentes e demorar menos no banho. Assim é possível contribuir para a preservação sem sair de casa! Nossas ações atuais refletirão sobre o futuro do desenvolvimento de nosso bem mais precioso: o planeta Terra.”

    Portanto, parabéns pela publicação e prossigamos com essas discussões para que não somente pensemos sobre o tema ambiental como pescadores, mas como pais, filhos e cidadãos conscientes e realmente preocupados com a qualidade da geração futura que deixaremos para o Planeta.

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